quinta-feira, maio 27, 2010

Reflexões sobre a origem da felicidade


Imagino enquanto escrevo que, já introduzindo o texto, fui imensamente influenciado por meu passado. Ao chegar aos 34, imagino mais que falo e, deixando que agora a voz saia, mesmo que a escrita vibre de um jeito diferente, o tom de minhas reflexões para que, ao evidenciar para outros, eu encontre o que estou procurando.
Escrevo com a alma hoje. Escrevo com o que não se explica. Porque, a meu ver, a alma explica-se somente a si e mostra-se para cada Eu quando bem lhe aprouver. E, enquanto o próximo ciclo não vem, levo a mão ao teclado pra fazer vibrar os dedos em benefício do texto.
Faço como exercício, não pra me justificar, mas pra que o presente ajude a desenvolver um próximo presente no qual o meu Eu seja mais intenso e desafiador para mim mesmo. Se mais tarde perder o rítmo da prosa, por favor avisem a mais gente que tem variação no tempo e que somente o seu Eu atendo vai conseguir vislumbrar o início de uma conversa que não tem fim e da qual o começo não encontrei ainda.
Já havia um tempo que não realizava nada de concreto porque não conseguia perceber o que realmente significava "matéria produzida a partir de energia. ...
... A complexidade do mundo me deixa extasiado. Fui tomar um cafezinho e me perguntei, entre várias outras coisas porque o cérebro não pára, se há influência implícita no texto dos sacramentados (aceitos pela maioria) autores que nos rodeiam. Li ontem a noite alguns textos de Vinícius de Moraes com minha cúmplice (rs) e enquanto escrevia as primeiras frases, notei que o texto me parecia mais pra lá do que pra cá (rs). Talvez tenham sido as cordas do meu violão as responsáveis pela sintonia com algum tipo de melodia que seja própria da língua do instrumento ou ainda, a inspiração que me motiva seja resultado de uma complexa harmonia entre as sinápses de neurônios previamente motivados por dietas escolhidas desde muito antes de eu nascer. Às vezes tenho impressão de que tenho visões tanto é a verossimilhança da lógica que me conforta. ...
... Conversei comigo mesmo. Fiquei impressionado com o quanto sou influenciado pelos outros, até mesmo quando escrevo. Não tem jeito de eu escrever sem pensar em como os outros entenderiam o que escrevo. Isso não acontece só nessa forma de texto, mas também na maneira como me comunico gestual e verbalmente. Percebi por um longo momento o quanto meu EU é dos Outros.
Decidi hoje escrever pra você que, por lógica qualquer, tenha experienciado este texto e que tenha tido a oportunidade de olhar para si enquanto o fazia. Esta é só uma maneira que encontrei de pensar em mim e no quanto isso influencia a existência de outros. Este é um texto sobre o que penso hoje ser a incessante tarefa de busca pelo entendimento e domínio sobre o que somos.
Cada um com o seu.
Coragem pra dançar sua própria música.
Discernimento para ser inspirado por coisas mínimas como esta exaltação física de um outro Eu.
Escolhi meu presente. Creio que todos nós nos beneficiamos durante essa busca e vejo benefícios com mais nitidez para os que já estão conseguindo olhar pra si mesmos entendendo seus pré-conceitos e mecanismos de defesa.Um ótimo presente pra você!

Fica aqui uma dica pra quem gosta de aprender:

Um comentário:

Leila Gesing disse...

O meu amor é minha luz de fim de tarde. Meu calor nos invernos mais intensos. Meus pensamentos antes de dormir. É a concentração perfeita do que um dia eu sonhei pra mim. Meu amor é profissão, é guerreiro do Resident Evil, é totalitário. É meu orgulho, é meu querer. Sempre. Meu amor é parte professor, parte calor, parte de mim. É minha alegria nas tardes embaralhas, é meu destino faça o que eu fizer. Não lhe falo de amor, da cor, do sentimento, pra não espantar o seu EU, pra não assustar a parte sã de seu coração que escolhi pra cuidar. Meu amor é espelho de mim.
Adoro o seu brilho no olhar quando me olha, seu perfume e suas frases pensadas, minuciosamente calculadas.
Adoro seu jeito, seu sorriso, e sua cara amarrada. Amor indescritível, inexplicável. Amor em estações, de tempos em tempos, vivido aos poucos, pra sempre. Amor que mexe, que não tem fim. É de hoje, foi de ontem e por muitas vidas será.
Sai somente um “eu te amo” do meu olhar para o dele, igual naquele encontro do destino num espelho de bar, mas ele entende. Porque só ele me entende, mesmo sem perceber.

Ro, o nosso tempo é diferente do de todos. De nascença e de vivência. Amo-te e orgulho-me por ter recebido este presente dos céus, o presente de te conhecer e de você ser o meu para sempre *presente*.

Obrigada.